29 junho 2007

Varicela


VARICELA
Nome popular: catapora.

A varicela (catapora) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada por um vírus chamado Varicela-Zoster. Esse vírus pode causar vários tipos de infecções: primária (quadro clínico de catapora bem estabelecido), latente (sem manifestação clínica) e reativação.
Esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda, estando como que adormecido; sua reativação determina doença localizada na área correspondente a um ou mais nervos sensitivos e chama-se então Herpes-Zoster, conhecida também como cobreiro.
Na era pré-vacina 90% das pessoas suscetíveis desenvolviam a doença primária varicela ou catapora. No contato intradomiciliar a contaminação da doença ocorre em mais de 80% dos propensos; em contato menos íntimo (colégio), baixa para 30% das crianças.
A passagem da doença de pessoa a pessoa em uma mesma casa costuma tornar mais grave o quadro. O período de transmissão inicia 24 a 48 horas antes do surgimento das lesões da pele e se estende até que todas as vesículas tenham desenvolvido crostas (casca), usualmente 7 a 9 dias. O tempo que medeia entre o contato e surgimento da doença (incubação) é de 14 a 16 dias, variando entre 10 e 21 dias. A transmissão se dá através do contato aéreo, de via respiratória para via respiratória ou por contato direto com as lesões vesiculares cujo líquido está cheio de vírus.
Uma vez alojados no organismo, os vírus começam a se reproduzir, invadem o sangue e produzem os sinais de infecção: febre 38 a 38,5°C, mal estar, perda do apetite, dor de cabeça. Os sintomas são mais ou menos intensos na dependência da quantidade de vírus contaminantes e da capacidade de defesa daquele indivíduo.
Lesões da pele e das mucosas:
Os vírus que estão na árvore respiratória são carregados para a pele e mucosas pela corrente sangüínea. Inicia-se uma reação inflamatória local; aparecem pequenas pápulas avermelhadas com prurido intenso que evoluem rapidamente para pequenas vesículas com líquido cristalino, que acaba se turvando. As vesículas retraem-se no centro e inicia-se a formação de crosta escura (casca). Tudo ocorre em mais ou menos 2 a 3 dias. As lesões surgem em "ondas" independentes o que faz com que haja, no mesmo indivíduo, lesões de variados estágios evolutivos, sendo este achado um dos mais importantes para a confirmação do diagnóstico. O número das lesões é extremamente variável (10 a 1500 em pessoas normais); na média podemos falar em cerca de 300.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é fundamentalmente clínico. O tratamento é dirigido ao abrandamento dos sintomas. É uma doença benigna e a cura se faz por reação do próprio organismo. Atualmente, as complicações mais importantes acontecem por contaminação com bactérias. Gestantes, recém-nascidos e indivíduos com defesas baixas são casos que necessitam atenção especial.
Herpes-Zoster x Varicela - Curiosidade
Não se desenvolve Zoster por contato com varicela, mas se pode desenvolver varicela em contato com Zoster. Como?
Sendo o Zoster a reativação do vírus que já estava no organismo, quem tem Zoster já curou sua varicela (com sintomas ou sem sintomas) e quem ainda não teve varicela pode pegá-la pelo vírus que se encontra na lesão do Zoster.
Prevenção
A vacina contra varicela é recomendada após o primeiro ano de idade em dose única.
Os adolescentes suscetíveis necessitam 2 doses

28 junho 2007

Recadastramento Cofen


RESOLUÇÃO COFEN Nº. 315/2007
Dispõe sobre procedimentos necessários para o recadastramento geral e a substituição do novo modelo de cédula para os Profissionais Inscritos e Autorizados nos Conselhos Regionais de Enfermagem.
O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, no uso de sua competência estabelecida no Artigo 2º e Artigo 8º, nos incisos IV e VII da Lei 5.905/73; no Artigo 1º e Artigo 13, nos incisos V e XIV do Regimento Interno do Sistema COFEN/CORENs, aprovado pela Resolução COFEN nº. 242/2000; Artigos 1º, 2º, e 23 da Lei 7498/86; Artigos 1º e 15 do Decreto 94.406/87 e no Artigo 1º e o parágrafo único da Lei 8.967/94;
Considerando o Acórdão nº. 147/2006 do Tribunal de Contas da União - TCU-PLENÁRIO, em sua Seção Extraordinária de 14 de novembro de 2006; Considerando os Artigos 2º e 4º da Resolução COFEN nº. 226/00;
Considerando o Artigo 3º da Resolução COFEN nº. 261/01
Considerando o Artigo 1º da Resolução COFEN nº. 290/04;
Considerando a Portaria COFEN nº. 129/06 que nomeia o grupo de estudo responsável por apresentar projeto de Recadastramento Geral da Enfermagem e proposições para atualização dos modelos de Cédulas Profissionais;
Considerando que as constantes evoluções de tecnologia em todas as áreas vêm proporcionando meios de se agilizar o processamento das informações para uma melhor oferta de serviços administrativos;
Considerando a necessidade de se garantir a fidedignidade das informações contidas nos Bancos de Dados do Sistema COFEN/CORENs;
Considerando a necessidade de se consolidar todas as informações referentes aos inscritos em prontuário eletrônico extinguindo as Carteiras de Identidade Profissional, o que representará menor custo na aquisição de documentos para os profissionais;Considerando a deliberação do Plenário em sua Reunião Ordinária nºs. 346, de 31 de janeiro de 2007 e 349 de 27 de abril de 2007, e tudo que mais consta do PAD COFEN nº 027/2007;
Resolve:
Art. 1º - Expedir Novo Modelo de Cédula de Identidade Profissional, válida como prova de Identidade e Habilitação para o exercício da profissão na área de Enfermagem, em todo o Território Nacional.
§ 1º - A cédula tem Fé Publica, para todos os efeitos legais, de acordo com a Lei nº. 6.206/75 de 07 de maio de 1975.
§ 2º - Ficam extintos a partir de 12 de julho de 2008, os modelos atualmente em vigor de Cédula de Identidade Profissional.
§ 3º - As especificações técnicas para confecção das novas Cédulas deverão obedecer aos critérios mais modernos e rígidos de segurança.
Art. 2º - São de competência exclusiva do COFEN a confecção e o preenchimento das Cédulas de Identidade profissional de Enfermagem.
Art. 3º - Criar na área de Registro do Sistema COFEN/CORENs o Prontuário Eletrônico que conterá todas as anotações antes consignadas na Carteira de Identidade Profissional.
Parágrafo único - Fica extinta a Carteira de Identidade Profissional, perdendo sua validade a partir de 12 de julho de 2008.
Art. 4º - Os profissionais inscritos nas categorias Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem ou ainda portadores de Cédula de Autorização, ficam obrigados a preencher questionário de recadastramento para atualização dos registros profissionais do Sistema COFEN/CORENs e substituição do modelo da Cédula de Identidade.
Art. 5º - Os profissionais que responderem corretamente ao questionário, apresentarem os documentos completos e estiverem em situação regular junto aos respectivos Conselhos Regionais, terão sua Cédula substituída sem qualquer ônus.
§ 1º - A concessão gratuita da nova Cédula de Identidade contemplará apenas profissionais já inscritos.
§ 2º - A substituição da Cédula de Identidade Profissional terá concomitantemente a aposição de um carimbo de cancelamento na Cédula substituída.
Art. 6º - Para expedição da nova cédula será exigida dos profissionais a apresentação de:
I - Questionário preenchido corretamente, com indicação de seu número de inscrição no COREN de sua jurisdição ou comprovante do recadastramento on-line emitido ao enviar os dados para o COFEN.II - Comprovante de regularidade da situação financeira junto ao COREN de sua jurisdição.III - Comprovante de residência.IV - 01(uma) foto recente, 3x4 com fundo branco.V - Cópia da Cédula de Identidade ProfissionalVI - Cópia da Carteira de Identidade (RG)VII - Copia de todas as folhas numeradas da Carteira Profissional de Identidade.VIII - Ficha-modelo espelho fornecido pelo COREN, contendo a foto, assinatura e impressão digital do polegar direito.
Parágrafo Único: Portadores de Cédula de Identidade de Autorização deverão apresentar cópia das seguintes páginas de sua Carteira de Trabalho:
a - folha rosto, onde consta a sua foto e assinatura; b - folha verso, onde constam seus dados pessoais; c - folha onde consta o contrato de trabalho na função que deu origem a concessão de sua autorização, conforme Lei nº. 8. 967 de 28 de dezembro de 1994.
Art. 7º - A divulgação do Recadastramento dos Profissionais de Enfermagem, bem como da substituição do modelo de Cédula Profissional, será ampla utilizando-se a mídia adequada a cada região e através dos sites do COFEN, e dos CORENs.
Art. 8º - O Questionário de Recadastramento estará disponível a partir de 28 de maio de 2007, para preenchimento via internet, acessando-se o site http://www.portalcofen.gov.br/, e também em formulário impresso para preenchimento manual junto às Sedes e Subseções dos CORENs.
Art. 9º - Fazem parte deste ato os anexos:
I – Informações sobre Recadastramento;II – Roteiro para Preenchimento do Questionário Impresso;III – Modelos dos Questionários para preenchimento via Internet e Manual.
Art. 10 – O COFEN baixará instruções aos CORENs para a logística e operacionalidade do recadastramento.
Art. 11 – Os casos omissos serão resolvidos pelo COFEN.
Art. 12 – Esta Resolução entrara em vigor na data de sua publicação, revogando disposições em contrario.
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2007.

Dulce Dirclair Huf BaisCOREN-MS nº. 10.244PresidenteCarlos Rinaldo Nogueira MartinsCOREN-AP Nº. 49.733Primeiro-Secretário




Não deixem de fazer!!!

Evolução da Gravidez a cada Trimestre - Parte 3


Terceiro Trimestre

No último trimestre da gravidez a gestante começa a sentir restrições físicas, muito cansaço, dor na coluna e pernas, além de inchaço nas mãos e pés. As noites já não são confortáveis por causa do peso e volume da barriga e a ansiedade traz nervosismo à mãe.
Nesta fase, o útero já pesa cerca de 5kg e o bebê já está com 3kg. A criança já está completamente formada e madura, pronta para nascer.
Nos três meses finais, você deve ganhar em torno de 4 quilos. Se manteve um controle adequado de peso ao longo dos nove meses, terminará a gestação com 8 a 12 quilos a mais do que tinha antes de engravidar. O bebê, já crescido, vai pressionar seus órgãos internos e você terá de suportar uma série de desconfortos típicos dessa fase, como azia, conseqüência da pressão do útero sobre o estômago. Também por isso, mesmo que não coma muito você se sentirá empanturrada. Uma forma de driblar esses incômodos é se alimentar mais vezes ao dia, mas sempre em pequenas quantidades. E evitar frituras, temperos muito fortes e bebidas gasosas, que predispõem à azia. A falta de ar é causada pela pressão do ventre desenvolvido sobre o diafragma. À noite, procure alívio deitando-se de lado com travesseiros extras até a altura do ombro, o que elevará o tronco. Pela ação da gravidade, as vísceras e o útero se afastarão um pouco do diafragma. Nas crises respiratórias provocadas por esforço físico, pare o que está fazendo e respire lenta e profundamente. Mas se as ocorrências forem muito freqüentes, consulte seu médico. Em alguns casos, a falta de ar está associada à anemia ou a problemas cardíacos maternos.
Com a bexiga também pressionada, você poderá ter perdas involuntárias de pequenas quantidades de urina sempre que tossir, correr, rir ou fizer algum esforço. A melhor prevenção, nesse caso, é urinar com maior freqüência.
Fique atenta aos inchaços que atingem principalmente pernas, tornozelos e mãos. Para evitá-los ou amenizá-los, fique descansando pelo menos uma hora, pela manhã e à noite, com as pernas elevadas. Adote essa postura sempre que puder, ao longo do dia. Se o inchaço persistir, procure o médico. Quando associado à elevação da pressão arterial ou do peso, o inchaço indica risco de pré-eclâmpsia, nome que se dá à hipertensão registrada durante a gravidez em mulheres que não tinham histórico de pressão alta. Esse quadro precisa de acompanhamento médico, pois pode trazer complicações, como desaceleração do crescimento do bebê ou descolamento da placenta. O maior perigo para a mãe é o problema evoluir para uma eclâmpsia, situação que traz a possibilidade de convulsão e coloca em risco sua vida.
Cãibras são também comuns nesse período e podem ser sintoma de falta de cálcio e potássio. Quando for atacada por elas, massageie a parte do corpo afetada e faça alongamento do músculo. Após passar o incômodo, caminhe para estimular a circulação. É natural que você se sinta, agora, mais cansada e pesada do que nunca. Que esbarre nas coisas, esteja desatenta, não encontre posição confortável, especialmente na hora de dormir. Cada vez mais exigido pelo bebê, que cresce sem parar, o estoque de energias do organismo tende ao esgotamento. Procure diminuir o seu ritmo de atividade e dormir pelo menos oito horas por noite. Para ficar mais bem acomodada na cama, deite-se de lado e coloque um travesseiro entre as pernas. Você pode começar a sentir a barriga endurecer de repente, sem dor. Mas não considere isso como parte das contrações que indicam o início do trabalho de parto, que são mais regulares (a cada dez minutos, por exemplo) e intensas (a sensação de dor é fraca no início mas vai ficando mais forte, e assim permanece por 50 a 60 segundos). A partir do oitavo mês, você precisará ir ao obstetra uma vez a cada duas semanas. No nono mês, as consultas passam a ser semanais.

Evolução da Gravidez a cada Trimestre - parte 2

Segundo Trimestre

A grávida tem barriga aparente e chega a ganhar de um a 1,5kg por mês. No final deste período, a gestante sente os movimentos do bebê. As dores nas costas são bem comuns nesta fase por causa da mudança do eixo de gravidade.
"O feto já tem cerca de 500g e tem completa formação e evolução. Ele ainda não está preparado para sobreviver sozinho porque os órgãos ainda não estão maduros"(Dr Nelson Antunes Jr).
Prepare-se para engordar, em média, de 5 a 7 quilos. A partir do quarto mês, suas formas vão começar a mudar rapidamente. A cintura engrossa e a barriguinha delineia-se logo abaixo do estômago. Por causa da retenção de líquidos, a parte superior do tronco avoluma-se, assim como braços e rosto. Seu apetite aumenta na exata proporção em que o bebê cresce. Mas tente ater-se a uma dieta balanceada e rica em fibras, pois seu intestino, que ficou preguiçoso logo nos primeiros meses de gestação, continua trabalhando lentamente e cada vez mais espremido pelo útero que se amplia. Por volta do quinto mês, é provável que seus seios já produzem colostro, substância rala que alimentará seu bebê nos primeiros dias de vida. Faça a limpeza normal, sem espremer o bico. Adote sutiãs com alças e base mais largas e confortáveis e aumente a numeração. No final desse período, você poderá estar usando no mínimo dois números acima do seu manequim habitual. Aproveite a hora do banho para ir preparando os mamilos para o momento da amamentação, esfregando-os suavemente com uma esponja vegetal. Isso irá fortalecer a pele da região, evitando rachaduras quando o pequeno começar a sugar.
O inchaço de pés e pernas se torna mais freqüente, pois, ao crescer, a barriga dificulta a circulação nessas áreas do corpo. É preciso também ter cuidado com torções e quedas. Esses incidentes podem acontecer porque os hormônios (sempre eles!) e a maior retenção de líquidos deixam mais frouxas juntas e ligamentos (tudo como uma preparação para facilitar a expulsão do bebê na hora do parto). Ocorrem também porque o ventre, mais volumoso , atrapalha a visão do solo. Se você é adepta de sapatos de salto, passe a usar os do tipo anabela, cuja plataforma inteiriça proporciona maior estabilidade. Um saltinho de 5 centímetros num calçado é melhor que solado plano, porque ajuda a amenizar dores lombares, causadas pelo peso da barriga.
Inicie a rotina clássica para descanso das pernas: pelo menos três vezes ao dia, sente-se um pouco reclinada, com elas estendidas à frente e um pouco elevadas. Fique assim por um bom tempo, até sentir aliviar o cansaço.
Ao dormir, deite-se de lado e coloque um travesseiro macio entre os joelhos, para manter a coluna reta. Evite ficar de barriga para cima porque essa posição dificulta a oxigenação do feto.
Fique atenta às infecções urinária e genital. Os sinais podem ser ardor ao urinar, urina com cor mais escura, dor na parte inferior da barriga. A gestação é uma fase propícia para esse tipo de problema, porque a região da vagina recebe uma quantidade maior de sangue e glicogênio. A abundância dessas substâncias, assim como alterações no PH da vagina, favorece a proliferação de muitos microorganismos causadores de infecção. É o caso da candidíase, um corrimento branco que deixa a vagina vermelha e provoca coceira. Ao menor sinal de algo parecido, procure o médico, porque essas intercorrências precisam ser tratadas o quanto antes. Do contrário, podem trazer complicações mais sérias, como o rompimento de membranas uterinas que, se ocorre no início do segundo trimestre, pode inviabilizar a gravidez. Como forma de prevenção contra os microorganismos indesejáveis, dê preferência a calcinhas folgadas, de algodão. Esse tecido permite melhor ventilação, inibindo o surgimento de fungos e bactérias. Além disso, a lingerie de material sintético causa maior irritação na pele, outro fator que propicia infecções. Será preciso seguir com as visitas mensais ao médico. Além das perguntas habituais sobre seu estado geral, eventuais mal-estares, dores e outros incômodos e controle de sua pressão arterial, ele passará a medir o crescimento de sua barriga.

Evolução da Gravidez a cada Trimestre

Primeiro Trimestre
Assim que se descobre grávida, a mulher começa a sentir mudanças no corpo e no emocional. Sente-se frágil e costuma chorar a toa. Perda de peso, inchaço nas mamas, cólicas, sede e muita vontade de fazer xixi também são sintomas comuns nesta época. Enquanto isso, o então aglomerado de 100 células do óvulo fecundado é preso ao útero, começa a se desenvolver até virar feto. Ao final do primeiro trimestre, ele está formado e tem cerca de sete centímetros, fase em que seu sexo também pode ser conhecido.
As mamas poderão ficar inchadas e sensíveis, e a pele em volta dos mamilos poderá escurecer à medida que o corpo se prepara para produzir leite. O útero fica repleto de sangue rico em nutrientes e começa a se expandir, a fim de acomodar o feto em crescimento. Uma vez que isso exerce uma pressão maior sobre a bexiga, sente-se vontade de urinar com mais freqüência.
Até 70% das mulheres apresentam náuseas e vômitos durante os primeiros meses de gestação. O termo "mal-estar matinal" é empregado erroneamente, uma vez que esses sintomas podem aparecer -- e de fato aparecem -- a qualquer hora do dia ou da noite. Para a maioria das mulheres, as náuseas e vômitos diminuem após o primeiro trimestre.
Sentir-se cansada não é nenhuma surpresa -- o corpo está trabalhando em tempo integral para criar um abrigo para o bebê em desenvolvimento. Não só está ocorrendo a formação de placenta (o órgão que irá nutrir o feto até o nascimento), mas o corpo também está produzindo mais sangue e o coração está batendo mais rápido.
A fadiga também pode estar relacionada a estresse, uma vez que a mente também está trabalhando em tempo integral. A mulher fica se perguntando se está fazendo as coisas certas, se o bebê será saudável, se ela será uma boa mãe, e sobre como um recém-nascido irá afetar suas relações, sua carreira e suas finanças.
Algumas mulheres se sentem como se estivessem em uma montanha-russa de emoções durante o primeiro trimestre. É difícil apontar o motivo exato para cada alta e baixa, mas as flutuações hormonais, o aumento no estresse e na ansiedade, e os desconfortos físicos da gestação desempenham um papel fundamental nessas variações de humor.

26 junho 2007

Aftas


Você já teve alguma lesão na boca, dolorida? Apareceu do nada e depois de alguns dias sumiu? Pode ser afta...

A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal ,as quais podem ser múltiplas ou solitárias.

Costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.

Causas:

A teoria mais aceita é a de que pessoas com afta está com alguma deficiência no sistema imunológico, que pode ser atribuída, entre outras coisas, a:
Predisposição genética;
Tensão pré-menstrual;
Deficiência nutricional.
Tipos :
Ulceração aftosa comum: é a forma mais visual e corresponde a 80% dos casos. São feridas pequenas que surgem de uma só e vêm em uma quantidade que varia de uma a cinco. Aparecem em surtos. As lesões podem estar relacionadas por alguma forma de trauma. Saram sem deixar cicatriz.
Periadenite mucosa necrótica recidivante: significa uma inflamação que mata o tecido atingido e pode se repetir freqüentemente. Surgem um ou dois machucados, com um tamanho maior do que a média, que podem durar meses. Saram, porém deixam cicatriz.
Ulceração herpetiforme: quando aparecem muitos machucados de tamanho menor e extremamente dolorosos. Surgem na ponta da língua e o assoalho da boca. Saram sem deixar cicatriz. Quem é de repente atingido com várias aftas de uma vez precisa pode estar com uma deficiência imunológica mais séria.
Tratamento :
É individualizado, visando aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. Bicarbonato de sódio: serve para diminuir a dor, pois destrói as células nervosas responsáveis por ela. Faz a afta demorar ainda mais a desaparecer. O bicarbonato destrói os tecidos saudáveis da mucosa.
Antiinflamatório corticóide: é muito usado em bochechos ou em pomadas apropriadas. Há também injeções antiinflamatórias que são aplicadas sobre a lesão.
Dicas :
Desconfie sempre daquelas aftas quer nunca cicatrizam, e perduram por 20 a 30 dias. Nesse caso, é preciso avaliar se não há uma doença mais grave por trás, como herpes ou até mesmo Aids. Os fumantes e pessoas que gostam de bebidas fortes, tipo uisque e vodka, precisam analisar as aftas com cuidado porque correm o risco de desenvolver tumores malignos na boca.

18 junho 2007

Sinusite


Sinusite significa que os seios da face (seios paranasais) estão infectados ou inflamados.

Os seios paranasais são cavidades de ar que se desenvolvem nos ossos da face e se abrem dentro do nariz. Tais cavidades servem para a troca livre de ar e muco, e cada qual junta-se com as passagens nasais com um membrana mucosa envoltória. Desta forma, qualquer coisa que cause o inchaço dentro do nariz, como reação alérgica, infecção, etc, pode afetar os seios paranasais. O ar aprisionado dentro do seio paranasal bloqueado, juntamente com pus e outras secreções, pode causar pressão na parede dessas cavidades.

O resultado algumas vezes é dor intensa. De forma simular, quando o ar é impedido de entrar nos seios paranasais por causa de membrana inchada, o vácuo criado também pode causar dor. A sinusite geralmente é dividida em aguda, que dura 4 semanas ou menos, subaguda, que dura entre 4 e 8 semanas, crônica, que dura mais de 8 semanas e pode perdurar por meses ou até anos, e recorrente, que são vários ataques de sinusite aguda durante um ano.

A maioria dos casos de sinusite aguda começa com um resfriado comum, o qual é causado por vírus. Esses resfriados não causam os sintomas da sinusite, porém podem inflamar os seios paranasais. Tanto o resfriado como a inflamação dos seios paranasais geralmente desaparecem sem tratamento em 2 semanas. Isso pode explicar porque ter resfriado aumenta a probabilidade de desenvolver sinusite.
Por exemplo, seu nariz reage à invasão de vírus que causam infecções, como gripes e resfriados, produzindo muco e enviando células sanguíneas brancas para o revestimento do nariz, o que congestiona e incha as passagens nasais. Quando esse inchaço envolve as membranas mucosas dos seios paranasais, ar e muco são presos, o que dá condições boas para multiplicação de bactérias. A maioria das pessoas saudáveis hospeda bactérias, como a Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae, no trato respiratório superior sem acarretar problemas até que as defesas do corpo fiquem fracas, ou os seios paranasais fiquem bloqueados por resfriado ou outra infecção viral. Quando isso ocorre, a bactéria que vive no nariz ou garganta sem causar problemas pode se multiplicar e invadir os seios paranasais causando sinusite aguda.
Algumas vezes infecções por fungos podem causar sinusite aguda. Embora fungos sejam abundantes no ambiente, geralmente são inofensivos a pessoas saudáveis porque o corpo humano tem resistência natural a eles. Porém, alguns fungos podem causar doenças sérias em pessoas cujo sistema imunológico não esteja funcionando bem. Algumas pessoas com sinusite por fungo têm reação alérgica a fungos.

Inflamação crônica das passagens nasais também pode ocasionar sinusite. Se a pessoa tem rinite alérgica pode desenvolver episódios de sinusite aguda. Rinite vasomotora, causada pela umidade, ar frio, álcool, perfumes e outras condições ambientais, também pode ser complicada pela sinusite.A sinusite aguda é bem mais comum em algumas pessoas. Por exemplo, sinusite ocorre mais freqüentemente em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido e aquelas com anormalidade na secreção ou movimentação do muco (como as que têm fibrose cística).

Pode ser difícil determinar as causas da sinusite crônica, a qual é uma doença inflamatória que geralmente ocorre em pessoas com asma. Pessoas com alergia a alérgenos presentes no ar, como poeira, mofo e pólen, podem desenvolver sinusite crônica. Reação alérgica a certos fungos pode ser responsável por alguns casos de sinusite crônica. Pessoas com susceptibilidade a sinusite crônica podem ser afetada por clima úmido e poluentes no ar. Se a pessoa tem doença ou anormalidade no sistema imunológico, pode desenvolver sinusite crônica com episódios freqüentes de sinusite aguda devido às infecções.

A localização da dor depende de qual seio foi afetado:

* Dor de cabeça quando acorda de manhã é típica de sinusite.

* Dor quando a parte frontal da face, acima dos seios paranasais, é tocada pode significar que os seios paranasais frontais estão inflamados.

* Infecção nos seio maxilar pode ocasionar dor na mandíbula superior e dente.

* Sinusite etmoidal é perto dos dutos lacrimais na canto dos olhos.

Desta forma, a inflamação dessas cavidades geralmente causa inchaço das pálpebras e tecidos ao redor dos olhos, assim como dor entre os olhos. Inflamação etmoidal também pode causar áreas sensíveis ao toque nos lados do nariz, perda de olfato e nariz entupido.

* Sinusite esfenoidal pode causar dor no ouvido, pescoço e dor profunda no topo da cabeça.Entretanto, muitas pessoas com sinusite têm dor em vários locais e seus sintomas não determinam claramente qual seio está inflamado.

Outros sintomas de sinusite podem incluir:

* Febre.

* Fraqueza.

* Cansaço.

* Tosse.

* Rinite ou congestão nasal.
Adicionalmente, a drenagem do muco pode causar ferida na garganta e também irritar as membranas que revestem a laringe. Entretanto, nem todos com esses sintomas têm sinusite.
Em raras ocasiões a sinusite aguda pode resultar em infecção cerebral ou outras complicações sérias.

Lupus Eritematoso Sistêmico


O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica de causa desconhecida, onde acontecem alterações fundamentais no sistema imunológico da pessoa, atingindo predominantemente mulheres.

O sistema imunológico é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos. Uma pessoa que tem LES, desenvolve anticorpos que reagem contra as suas células normais, podendo consequentemente afetar a pele, as articulações, rins e outros órgãos. Ou seja, a pessoa se torna "alérgica" a ela mesma, o que caracteriza o LES como uma doença auto-imune.

Mas não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna. A maioria dos casos de LES ocorre esporadicamente, indicando que fatores genéticos e ambientais tem um papel importante na doença.O Lupus varia enormemente de um paciente para outro, de casos simples que exigem intervenções médicas mínimas, à casos significativos com danos à órgãos vitais como pulmão, coração, rim e cérebro.

A doença é caracterizada por períodos de atividade intercaladas por períodos de remissão que podem durar semanas, meses ou anos. Alguns pacientes nunca desenvolvem complicações severas.

Histórico:

Em 1851, o médico francês Pierre Lazenave observou pessoas que apresentavam "feridinhas" na pele, como pequenas mordidas de lobo. E em 1895, o médico canadense Sir William Osler caracterizou melhor o envolvimento das várias partes do corpo e adicionou a palavra "sistêmico" à descrição da doença.Lupus=lobo eritematoso=vermelhidão sistêmico=todo

Definição:

O "American College of Rheumatology", uma associação americana que reune profissionais reumatologistas, estabeleceu em 1971 e revisou em 1982, 11 critérios que definem o quadro de Lupus. Estes critérios foram modificados em 1997.

Uma pessoa pode ter LES se 4 critérios estiverem presentes:

Critérios de pele:

1 - mancha "asa borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face)

2 - lesões na pele (usualmente em áreas expostas ao sol)

3 - sensibilidade ao sol e luz (lesões após a exposição de raios ultravioletas A e B)

4 - úlceras orais (recorrentes na boca e nariz)

Critérios sistêmicos:

5 - artrite (inflamação de duas ou mais juntas periféricas, com dor, inchaço ou fluído)

6 - serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio)

7 - alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina)

8 - alterações neurológicas (anormalidades sem explicações - psicose ou depressão)

Critérios laboratoriais:

9 - anormalidades hematológicas (baixa contagem de células brancas - leucopenia, ou plaquetas - trombocitopenia, ou anemia causada por anticorpos contra células vermelhas - anemia hemolítica)

10 - anormalidades imunológicas - (células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou anticorpos SM positivos, ou teste falso-positivo para sífilis)

11 - fator antinúcleo positivo (FAN)

16 junho 2007

Poliomielite


A poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.
Transmissão
O modo de aquisição do poliovírus é oral, através de transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral. A multiplicação inicial do poliovírus ocorre nos locais por onde penetra no organismo (garganta e intestinos). Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode ocasionar a destruição de células (neurônios motores), o que resulta em paralisia flácida.
Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença. Quando apresenta a doença, pode desenvolver paralisia flácida (permanente ou transitória), meningite ou, eventualmente, evoluir para o óbito. Desenvolvendo ou não sintomas o indivíduo infectado elimina o poliovírus nas fezes, o qual pode ser transmitido para outras pessoas por via oral. A transmissão do poliovírus ocorre mais freqüentemente a partir do indivíduo assintomático. A eliminação é mais intensa 7 a 10 dias antes do início das manifestações iniciais, mas o poliovírus pode continuar a ser eliminado durante 3 a 6 semanas. A poliomielite não tem tratamento específico.Riscos
A poliomielite ainda é considerada endêmica pela Organização Mundial da Saúde na Nigéria, Índia, Afeganistão e Paquistão. Existem perspectivas de erradicação, mas elevado número de pessoas que deslocam de e para áreas endêmicas fazem com que o risco de reintrodução da poliomielite seja preocupante e, enquanto existirem áreas endêmicas no mundo, permanente. Não sem razão, entre 2003 e 2005, a doença foi reintroduzida , através de casos importados, em 25 países de onde fora anteriorment eliminada. No Continente Americano, o último caso de poliomielite paralítica causado pelo poliovírus selvagem ocorreu no Perú em agosto de 1991. Em 1994 a eliminação da poliomielite no Continente Americano, o primeiro a obtê-la, foi atestada por uma Comissão Internacional. No Brasil, o último caso de poliomielite com o vírus selvagem ocorreu em 1989, e o país recebeu o Certificado de Eliminação da Poliomielite em 12 de dezembro de 1994. No entanto, o risco de reintrodução do poliovírus selvagem em países de onde a doença já foi eliminada, torna mandatória a vigilância continuada dos casos de paralisia flácida e a manutenção dos programas de imunização para a poliomielite. A vacina contra a poliomielite faz parte do calendario basico de vacinação, e é aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. Além disto, é realizada anualmente uma Campanha Nacional de Imunização, na qual são vacinadas crianças com idade de até cinco anos.
Manifestações
Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença e mais 95% das infecções são assintomáticas. O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias. Quando ocorrem, as manifestações são semelhantes às de outras doenças, como infecções respiratórias (febre e dor de garganta, "gripe") ou gastrintestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação - "prisão de ventre" - ou, raramente, diarréia). Na maioria das vezes as manifestações desaparecem em uma semana e não ocorre comprometimento do sistema nervoso central.
Em algumas pessoas, após as manifestações iniciais, pode surgir um quadro de meningite asseptica, geralmente, com recuperação completa em até dez dias sem que ocorra paralisia. Contudo, em uma em para cada 200 pessoas infectadas pode haver o desenvolvimento de poliomielite paralítica. A paralisia flácida geralmente começa entre 1 e 10 dias depois das manifestações iniciais e progride por 2 a 3 dias. A poliomielite não tem tratamento específico. Muitas pessoas que desenvolvem poliomielite paralítica se recuperam total ou parcialmente, mas 2 a 5% das crianças e 15 a 30% dos adultos podem evoluir para o óbito.

14 junho 2007

História do Zé Gotinha



Para entender um pouco o surgimento do personagem Zé Gotinha é preciso voltar um pouco no tempo. A primeira tentativa de controlar a poliomielite no Brasil aconteceu em 1971 com a instituição do Plano Nacional de Controle da Poliomielite, pelo Ministério da Saúde, em conseqüência de vários surtos da doença no país. No final de 1979 e início de 1980 ocorreu grave epidemia de poliomielite em Santa Catarina e no Paraná. A estratégia adotada para conter esse quadro, em curto espaço de tempo, foi a vacinação maciça de crianças, em todo o Brasil. Criou-se, então, os Dias Nacionais de Vacinação com o objetivo de vacinar todas as crianças na faixa etária de zero a cinco anos de idade em um só dia. Após os Dias Nacionais de Vacinação houve significativa redução do número de casos de poliomielite no país.
No campo da divulgação e comunicação, também aconteceram mudanças significativas. A principal ocorreu em 1986 com a criação do Zé Gotinha, personagem símbolo da campanha pela erradicação da Poliomielite no Brasil, pelo artista plástico Darlan Rosa. A marca proposta foi baseada em estudo fotográfico de 1887, de Eadweard Muybridge, que foi simplificado e transformado em desenho. A este foram acrescidas as duas gotas necessárias à vacinação.
A logomarca da campanha de vacinação contra a poliomielite, batizada de Zé Gontinha, foi escolhida a partir de um concurso, que contou com a participação de escolas públicas de todo o Brasil. Logo em seguida, o mascote foi utilizado em um comercial para o dia nordestino de vacinação, caracterizado como cangaceiro. O Zé Gotinha firmou-se como sinônimo de vacina, e como referencial para a população, em termos de métodos de prevenção, principalmente os referentes às doenças evitáveis por vacinação. Entretanto, até que houvesse aceitação de seu uso em nível nacional, decidiu-se que, inicialmente, a marca seria trabalhada para as vacinas do primeiro ano de vida.

Dois Séculos de Vacina no Brasil



1804
Introdução da vacina no Brasil.
1811
Criada a Junta Vacínica da Corte.
1832
Primeira legislação de obrigatoriedade da vacina no Brasil.
1834/35
Epidemia de varíola no Rio de Janeiro.
1846
Criado o Instituto Vacínico do Império a partir da reestruturação da Junta Vacínica.
1872
Nasce Oswaldo Gonçalves Cruz em São Luís de Paraitinga, São Paulo.
1878
Epidemia de varíola no Rio de Janeiro.
1886
Extinção do Instituto Vacínico.
1887
Epidemia de varíola no Rio de Janeiro.Introdução da vacina anti-variólica animal no Brasil.
1889
Obrigatoriedade da vacina para crianças de até seis meses de idade.
1894
Criação do Instituto Vacínico Municipal.
1900
Criação do Instituto Soroterápico Federal, primeira Instituição a produzir soro no Brasil.
1902
Oswaldo Cruz assume a Direção-geral do Instituto Soroterápico Federal.
1903
Rodrigues Alves nomeia Oswaldo Cruz como Diretor Geral de saúde pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde.
1904
Epidemia de Varíola assola a capital.Aprovada a lei da obrigatoriedade da vacinação.Estoura a Revolta da Vacina.
1907
Febre Amarela é erradicada no Rio de Janeiro.
1908
Epidemia de Varíola leva a população em massa aos postos de vacinação.
1909
Oswaldo Cruz deixa a Diretoria Geral de Saúde Publica, passando a dedicar-se apenas ao Instituto de Manguinhos, que passa a se chamar Instituto Oswaldo Cruz.
1917
Morre Oswaldo Cruz
1919
O Intituto Oswaldo Cruz incorpora em sua estrutura o Instituto Vacínico Municipal que passa a ser denominado Instituto Vacínico Federal.
1921
Regulamentação do Instituto Vacínico Federal.
1925
Introduzida a BCG no Brasil.
1937
Início da produção e utilização da vacina contra a febre amarela fabricada no Brasil.
1939
Discussões sobre a eficácia da vacina contra a febre amarela.
1940
Reforçada a necessidade de combater o mosquito vetor, aedes aegypti, devido à baixa eficácia da vacina.
1942
Erradicada a febre amarela urbana no Brasil.
1948
Realizado o I Congresso Mundial de BCG.
1953
Epidemias de difteria no Brasil.
1961
Realizadas as primeiras campanhas com a vacina oral contra a poliomielite.
1962
Instituída a Campanha Nacional contra a Varíola.
1966
Criada a Campanha de Erradicação da Varíola.
1970
Criada a Superintendência de Campanha de Saúde Pública (SUCAM) resultado da fusão do Departamento Nacional de Endemias Rurais, da Campanha da Erradicação da Varíola e da Erradicação da Malária.
1971
Implantado o Plano Nacional de Controle da Poliomielite.Últimos casos de varíola no Brasil.Iniciada a produção do BCG liofilizado pelo Butantan.
1972
Início do Programa de Vacinação Anti-sarampo.
1973
Certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil.Formulado o Programa Nacional de Imunizações, com o objetivo de controlar ou erradicar doenças infecto-contagiosas e imunopreviníveis.
1974
Criado o Programa Ampliado de Imunizações.Epidemia de meningite meningocócica no Brasil.
1975
Início do sistema de registro de doses de vacinas aplicadas.Instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Imunizações.Campanha Nacional de Vacinação contra a Meningite Meningocócica.
1976
Implantado em Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz, um centro de produção de vacinas contra a meningite meningocócica A e C.
1977
Definida as vacinas obrigatórias para menores de 1 ano de idade em todo o Brasil.Aprovado o modelo de Caderneta de Vacinações.
1980
Extinta a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola.Início dos Dias Nacionais contra a paralisia infantil no Brasil.
1981
Lançada a Campanha Nacional de Conscientização sobre a febre amarela.
1982
Fiocruz lança o primeiro lote da vacina brasileira contra o sarampo.
1984
Iniciada em todo o país a vacinação de crianças de 0 a 4 anos de idade contra poliomielite, sarampo, difteria, coqueluche e tétano.
1986
Criado o Zé Gotinha, personagem símbolo da campanha pela erradicação da Poliomielite no Brasil.
1989
Registrado o último caso de poliomielite no Brasil.
1990
Extintas a SUCAM e a FSESP, que resultam na Funasa.
1992
Campanha Nacional contra o Sarampo.Implantada a vacina tríplice viral.Implantada a vacina Anti-hepatite B para grupos de risco.Lançado o Plano de Eliminação do Tétano Neonatal.
1994
Certificação internacional da erradicação da poliomielite no Brasil.
1996
Campanha Nacional de Vacinação contra a Hepatite B, envolvendo escolares e odontólogos.
1997
Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, em crianças menores de cinco anos.
1998
Vacinação contra a Hepatite B em todo o Brasil.
1999
Implementado o Plano de Erradicação do Sarampo.Primeiro ano da Campanha de Vacinação para a terceira idade, com a finalidade de imuniza-los contra gripe, tétano e difteria.Implantada a vacina contra Haemophilus influenzae b, para menores de 2 anos.
2001
Intensificada a vacinação das mulheres em idade fértil, com o intuito de zerar a ocorrência do tétano neonatal.
2002
Implantada a vacina tetravalente (DTP + Hib), para menores de 1 ano.Campanha Nacional de Vacinação contra a Rubéola destinada à mulheres.
2003
Jornada Sul-Americana de Vacinação com o propósito acelerar a erradicação do sarampo e o controle de doenças que podem ser evitadas através de vacinas.Assinado pelo Ministério da Saúde acordo para a fabricação da vacina tríplice viral contra sarampo, rubéola e caxumba.
2004
Apresentada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) as seis vacinas prioritárias para desenvolvimento nos próximos três anos: pentavalente (contra difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e Haemofilus Influenzae), contra a raiva humana e canina, imunização das meningites A e B, e contra a leishmaniose canina.
2005
Distribuição da nova Caderneta da Criança por maternidades públicas e privadas.
2006
Incorporada a vacinação contra o Rotavírus no Calendário Básico de Vacinação da Criança. Instituído o “Dia Nacional de Prevenção da Catapora”, celebrado anualmente no dia 5 de agosto, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra a doença.

12 junho 2007

Programa Nacional de Imunização(PNI)




O PNI foi instituído em 1973, com a finalidade de coordenar ações que se desenvolviam, até então, com descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. Essas ações conduzidas dentro de programas especiais(erradicação da varíola, controle da tuberculose)e com atividades desenvolvidas por iniciativas de governos estaduais, necessitavam de uma coordenação central que lhes proporcionassem sincronia e racionalização.
A lei n°6.259, de 30/10/75,regulamentada pelo decreto n°78.231,de 12/08/76, institucionalizada do PNI, sob a responsabilidade do Ministério de Saúde.
No período de 1974 a 1979, por delegação do Ministério, o Programa foi coordenado pela fundação Serviços de Saúde Pública(SESP), Em 1980 passou a ser responsabilidade da divisão nacional de Epidemiologia, da Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde(SNABS)(criada pelo Decreto n°79.056, de 30/12/76).
As competências do Programa, estabelecidas no Decreto n°78.231,podem se considerados válidas até o momento.
· Implantar e implementar as ações do Programa, relacionadas com as vacinações de caráter obrigatório.
· Estabelecer critérios e prestar apoio técnico e finaceiro à elaboração, implantação e implementação dos programas de saúde das unidades federais;
· Estabelecer normas básicas para a execução das vacinações;
· Centralizar, analisar e divulgar as informações referentes ao PNI
A coordenação do PNI tem como objetivo contribuir para controle, eliminação e/ou erradicação das doenças imunopreveníveis, utilizando estratégias básicas de vacinação de rotina e campanhas anuais desenvolvidas de forma hierarquizada e descentralizada.

As vacina estão entre os produtos biológicos mais seguros, eficazes e com relação custo benefício mais favorável. Permitiram a erradicação mundial da varíola e da poliomelite no hemisfério ocidental. No Brasil, as doenças evitáveis por vacinas estão em franco declínio, com diminuição drástica dos casos de sarampo. Difteria, tétano e coqueluche.

Serve como exemplo o que aconteceu na Inglatera. Artigo de Kulenkampff etcol(Arch Dis Child 1974;49.46-49), descrevendo 36 casos de doenças neurológicas grave após a vacinação DPT, sem que tivesse sido estabelecida relação causal indiscutível, deu margem a noticiário alarmista na imprensa leiga. Houve queda na cobertura vacinal de 80%(1974.Em1977-79 houve grande epidemia de coqueliche, n maior em 20 anos, com 36 óbitos, 5.000 internações, 200 casos de pneumonia e 83 de convulsões por coqueluche.Uma Segunda epidemia ocorreu 1981.Houve 100.00 casos adicionais de coqueluche. Quando a confiança pública na vacina foi restaurada, houve uma queda correspondente na incidência da doença e do n° de mortes.

11 junho 2007

Campanha de vacinação 2007 - 1ª Etapa


O Ministério da Saúde, em parceria com todas as secretarias de Saúde estaduais e municipais, realiza no próximo 16 de junho a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2007. A meta deste ano é imunizar cerca de 16,3 milhões de crianças menores de cinco anos, o que corresponde a 95% da população do país nesta faixa etária. A segunda etapa será em 25 de agosto.A estratégia de aplicar a Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP) em massa foi adotada em 1980, quando foi realizado pela primeira vez o Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Cerca de 18 milhões de crianças foram vacinadas. Desde então o sucesso vem se repetindo ano a ano, o que levou à erradicação da doença em território nacional. O último caso de pólio foi registrado em 1989, em Sousa, na Paraíba.A vacina contra a pólio é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. Apesar dos altos índices de vacinação alcançados no Brasil, nem todos os municípios conseguem 95% de cobertura vacinal em crianças menores de cinco anos. Por isso, é importante a mobilização da população em todo o país para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Além da vacina contra a pólio, também estarão disponíveis nos postos de saúde outras vacinas do calendário nacional, como a tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e meningite), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) , hepatite B e rotavirus.
Em Curitiba estaremos todos a postos das 08:00 às 17:00h em qualquer Unidade de Saúde da rede!!! Venha vacinar seu filho!

TPM

Você sabe o que é TPM? Ou TDPM?
A tensão pré menstrual, ou mais recentemente Transtorno Disfórico pré menstrual é o conjunto de sintomas comportamentais e físicos que ocorre de forma cíclica e encontra-se associado ao ciclo menstrual.
Já no tempo de Hipócrates, houve relatos nos quais mulheres apresentavam pensamentos suicidas antes do aparecimento das "regras". Em 1931 o ginecologista Robert Frank publicou um trabalho sobre TPM, sugerindo como etiologia um excesso de estrogênio circulante, postulando como terapêutica o uso de diuréticos e catárticos. Desde então, vários autores estudaram a TPM. Em 1983, organizou-se um encontro com os profissionais da área, deste resultou um documento que estimulava a busca de critérios mais objetivos e operacionais sobre o tema.
Sintomas propostos:
Psicológicos: agitação, agressividade, anorexia, ansiedade, aumento de energia, cansaço, choro fácil, comportamento compulsivo, compulsão alimentar, confusão, depressão, desesperança, diminuição da atenção, diminuição da auto estima, diminuição da libido, falta de vontade, fome, hipersonia, insônia, irritabilidade, isolamento social,labilidade emocional, letargia, libido aumentada, mal-estar, perda da capacidade de julgamento, perda da concentração, perda do autocontrole, pessimismo, sede, tendência suicida, tensão, tonteiras, tristeza e violência
Físicos: acne, asma, inchaço, sensação de inchaço, visão turva, hipersensibilidade mamária, tumefação mamária, constipação, diarréia, diminuição da atividade, diminuição da eficiência, diminuição do desempenho, tonteiras, convulsões, inchaço nos dedos, fogachos, parestesias, cefaléia, dores nas juntas, mastodinia, enxaqueca, dor muscular, náuseas, edema, oliguria, dor na fossa iliaca, dor pélvica, pouca coordenação, dismenorréia, prurido, rinorréia, sinusite, lesões de pele, secura nos olhos, vertigem, vomitos, fraqueza e aumento de peso.
Quer saber mais? Mais informações: TDPM: Transtorno disfórico pré-menstrual, autor: José Carlos Appolinário

10 junho 2007

Objetivos do PSF

Prestar um atendimento de qualidade, integral e humano em unidades básicas municipais, garantindo o acesso a assistência e à prevenção em todo o sistema de saúde, de forma a satisfazer as necessidades de todos os cidadãos. Reorganizar a prática assistencial em novas bases e critérios: atenção centrada na família, entendida e percebida a partir de seu ambiente físico e social. Garantir eqüidade no acesso à atenção em saúde, de forma a satisfazer as necessidades de todos os cidadãos do Município, avançando na superação das desigualdades. PRINCÍPIOS
• Desenvolver processos de trabalho baseados nos conceitos de prevenção, promoção e vigilância da saúde. Significa atuar nos momentos mais precoces iniciais da transmissão das doenças, assim como sobre os riscos sanitários, ambientais e individuais. Esta atuação garante melhores níveis de saúde e de qualidade de vida para todos.
• Caráter substitutivo - substituição das práticas convencionais de assistência por um processo de trabalho baseado no conceito de promoção da saúde.
• Integralidade e hierarquização - as unidades básicas de saúde estão inseridas no primeiro nível do sistema municipal de saúde (atenção básica). Deve estar vinculada à rede de serviços de forma a garantir atenção integral, assegurando a referência e contra-referência para os diversos níveis, inclusive os de maior complexidade tecnológica para a resolução de situações ou problemas identificados.
• Equipe de Saúde da Família - a equipe é multiprofissional composta por no mínimo 1 médico de família e comunidade, 1 enfermeiro de saúde pública, um auxiliar de enfermagem e de 4 a 6 agentes comunitários de saúde.
• Territorialização e vinculação - trabalha com micro áreas de abrangência definida, por meio do cadastramento e do acompanhamento de um número determinado de famílias para cada equipe. Cada Equipe de Saúde da Família - ESF acompanha de 600 a 1.000 famílias, com limite máximo de 4.500 pessoas por equipe. Cada agente comunitário de saúde acompanha até o máximo de 150 famílias ou 450 pessoas.

Números atuais do PSF

Os números atuais
O número de equipes de Saúde da Família continua crescendo: atualmente, até junho último, trabalham 7.991 equipes de Saúde da Família, distribuídas em 2.614 municípios brasileiros, nas 27 unidades federadas, conferindo cobertura a mais de 27,5 milhões de habitantes. Para dezembro desse ano, o Ministério da Saúde e seus parceiros estaduais e municipais trabalham com a meta de implantação de 11.000 equipes.
O modelo garante maior vínculo e humanização da atenção básica mesmo em cidades grandes, onde a relação dos hospitais com os pacientes é fria e nem sempre resolve os problemas de quem os procura. A diversidade é a maior riqueza. Em algumas localidades existem propostas como o uso de terapias não-convencionais ¾ plantas medicinais, homeopatia etc.; em outras, organizam-se grupos de caminhada e apresentações teatrais, por exemplo, sempre buscando-se ações integrais e melhores soluções para a assistência.
Os resultados já observados em todo o país e a potencialidade do Programa Saúde da Família fizeram com que o Ministério da Saúde refletisse a prioridade no seu orçamento. Em 1998, o Programa Saúde da Família/Agentes Comunitários de Saúde recebeu um orçamento de R$ 218 milhões; em 1999, esse valor subiu para R$ 380 milhões e para o presente ano, R$ 680 milhões. Esses recursos são transferidos como forma de incentivo aos municípios que implantam o Programa de Agentes Comunitários de Saúde e as equipes de Saúde da Família.
A meta para expansão imediata do Programa já foi anunciada e indica, para 2002, 150 mil agentes comunitários e 20 mil equipes de Saúde da Família.
Em termos percentuais, isso representará o acompanhamento, por essas equipes, de aproximadamente metade da população brasileira. Representa, também, a decisão política de iniciar pela atenção básica a reorientação do modelo de atenção à saúde.
Do ponto de vista político, ressalve-se que esse programa não é um projeto de um gestor, nem mesmo de um governo. Desenvolvido nos três níveis de gestão, sua importância é associada ao impacto identificado no desenvolvimento atual da proposta, pelos administradores setoriais e pela própria população, donde se constata a tendência de sua perenidade, garantindo o permanente avanço na melhoria do modelo de atenção à saúde dos brasileiros.
A relativa novidade do modelo ainda não permite um amplo estudo de índices de impacto dessas ações no quadro sanitário nacional. Já existem, entretanto, muitos indicadores qualitativos, medidos em pesquisas de satisfação dos usuários e quantitativos, como o de índices de coberturas vacinais, aleitamento materno e mortalidade infantil, que permitem inferir as vantagens da presente proposta.

Programa Saúde da Familia

O programa saúde da família
Ao priorizar a atenção básica, o PSF não faz uma opção econômica pelo mais barato, nem técnica pela simplificação, nem política por qualquer forma de exclusão. A tecnologia, é bom que se reafirme, é uma conquista que o setor saúde entende como fundamental para o sistema, mas que vem sendo utilizada de forma excludente, deixando de fora boa parcela da população. O PSF não é uma peça isolada do sistema de saúde, mas um componente articulado com todos os níveis. Dessa forma, pelo melhor conhecimento da clientela e pelo acompanhamento detido dos casos, o programa permite ordenar os encaminhamentos e racionalizar o uso da tecnologia e dos recursos terapêuticos mais caros. O PSF não isola a alta complexidade, mas a coloca articuladamente a disposição de todos. Racionalizar o uso, nesse sentido, é democratizar o acesso.
Com base nessas premissas, o Programa Saúde da Família representa tanto uma estratégia para reverter a forma atual de prestação de assistência à saúde como uma proposta de reorganização da atenção básica como eixo de reorientação do modelo assistencial, respondendo a uma nova concepção de saúde não mais centrada somente na assistência à doença mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco ¾ pela incorporação das ações programáticas de uma forma mais abrangente e do desenvolvimento de ações intersetoriais. Caracteriza-se pela sintonia com os princípios da universalidade, eqüidade da atenção e integralidade das ações. Estrutura-se, assim, na lógica básica de atenção à saúde, gerando novas práticas e afirmando a indissociabilidade entre os trabalhos clínicos e a promoção da saúde.
Assim, ao encaminhar os pacientes com mais garantia de referência e menos desperdício, o Programa Saúde da Família amplia o acesso de todos aos benefícios tecnológicos.
O modelo de atenção preconizado pelo Saúde da Família já foi testado em vários países, com contextos culturais de diferentes dimensões e níveis diferenciados de desenvolvimento socioeconômico, como por exemplo Canadá, Reino Unido e Cuba, resolvendo mais de 85% dos casos ¾ o percentual restante destina-se a unidades mais complexas. Além do mais, o programa permite uma forte integração entre o Ministério, as secretarias estaduais, os municípios, a comunidade local e outros parceiros, em benefício de todos.
Por seus princípios, o Programa Saúde da Família é, nos últimos anos, a mais importante mudança estrutural já realizada na saúde pública no Brasil. Junto ao Programa dos Agentes Comunitários de Saúde ¾ com o qual se identifica cada vez mais ¾ permite a inversão da lógica anterior, que sempre privilegiou o tratamento da doença nos hospitais. Ao contrário, promove a saúde da população por meio de ações básicas, para evitar que as pessoas fiquem doentes. Porém, se o programa restringir-se apenas à atenção básica, fracassará. A aposta do Brasil é no SUS, na atenção integral e em todos os níveis de complexidade.
A estratégia do PSF propõe uma nova dinâmica para a estruturação dos serviços de saúde, bem como para a sua relação com a comunidade e entre os diversos níveis e complexidade assistencial. Assume o compromisso de prestar assistência universal, integral, equânime, contínua e, acima de tudo, resolutiva à população, na unidade de saúde e no domicílio, sempre de acordo com as suas reais necessidades ¾ além disso, identifica os fatores de risco aos quais ela está exposta, neles intervindo de forma apropriada.
Não apenas as unidades básicas, mas todo o sistema deverá estar estruturado segundo a lógica da estratégia em questão, pois a continuidade da atenção deve ser garantida pelo fluxo contínuo setorial, sem solução de continuidade nesse processo. A unidade básica de saúde, sob a estratégia da Saúde da Família, deve ser a porta de entrada do sistema local de saúde, mas a mudança no modelo tradicional exige a integração entre os vários níveis de atenção.
O PSF representa ações combinadas a partir da noção ampliada de saúde ¾ que engloba tudo aquilo que possa levar a pessoa a ser mais feliz e produtiva ¾ e se propõe a humanizar as práticas de saúde, buscando a satisfação do usuário pelo estreito relacionamento dos profissionais com a comunidade, estimulando-a ao reconhecimento da saúde como um direito de cidadania e, portanto, expressão e qualidade de vida.
Uma das principais estratégias do Saúde da Família é sua capacidade de propor alianças, seja no interior do próprio sistema de saúde, seja nas ações desenvolvidas com as áreas de saneamento, educação, cultura, transporte, entre outras. Por ser um projeto estruturante, deve provocar uma transformação interna do sistema, com vistas à reorganização das ações e serviços de saúde. Essa mudança implica na ruptura da dicotomia entre as ações de saúde pública e a atenção médica individual, bem como entre as práticas educativas e assistenciais.
Configura, também, uma nova concepção de trabalho, uma nova forma de vínculo entre os membros de uma equipe, diferentemente do modelo biomédico tradicional, permitindo maior diversidade das ações e busca permanente do consenso. Sob essa perspectiva, o papel do profissional de saúde é aliar-se à família no cumprimento de sua missão, fortalecendo-a e proporcionando o apoio necessário ao desempenho de suas responsabilidades, jamais tentando substituí-la.
Tal relação de trabalho, baseada na interdisciplinaridade e não mais na multidisciplinaridade, associada à não-aceitação do refúgio da assistência no positivismo biológico, requer uma nova abordagem que questione as certezas profissionais e estimule a permanente comunicação horizontal entre os componentes de uma equipe.
Um dos principais objetivos é gerar novas práticas de saúde, nas quais haja integração das ações clínicas e de saúde coletiva. Porém, não se pode conceber a organização de sistemas de saúde que conduzam à realização de novas práticas sem que, de forma concomitante, se invista em uma nova política de formação e num processo permanente de capacitação dos recursos humanos.
Para que essa nova prática se concretize, faz-se necessária a presença de um profissional com visão sistêmica e integral do indivíduo, família e comunidade, um profissional capaz de atuar com criatividade e senso crítico, mediante uma prática humanizada, competente e resolutiva, que envolve ações de promoção, de proteção específica, assistencial e de reabilitação. Um profissional capacitado para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que respondam às reais necessidades da comunidade, articulando os diversos setores envolvidos na promoção da saúde. Para tanto, deve realizar uma permanente interação com a comunidade, no sentido de mobilizá-la, estimular sua participação e envolvê-la nas atividades ¾ todas essas atribuições deverão ser desenvolvidas de forma dinâmica, com avaliação permanente, pelo acompanhamento de indicadores de saúde da área de abrangência.
Entretanto, os sistemas de saúde não dispõem, hoje, de um número satisfatório de profissionais qualificados com esse novo perfil. Consciente dessa necessidade, o Ministério da Saúde, pelo Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Políticas de Saúde, tem investido na formação de Pólos de Capacitação, Formação e Educação Continuada em Saúde da Família, com o objetivo de articular o ensino e o serviço, estimulando-os a reformarem seus cursos de graduação e a implantarem programas de pós-graduação (especialização e residência em saúde da família) com vistas a essa nova realidade ¾ o que vem sendo respondido de forma sensível pelas faculdades e escolas de saúde de todo o país.
Nos últimos dois anos, foram investidos R$12,4 milhões para a instalação dos Pólos de Capacitação, Formação e Educação Continuada em Saúde da Família, e 54 instituições universitárias já estão envolvidas nesses projetos de capacitação e formação dos novos profissionais de saúde necessários. Esses esforços têm sido enviados no sentido de apoiar a formação profissional em nível de graduação, as pesquisas e, ainda, a constituição de programas de capacitação em serviço, num diálogo permanente entre as universidades e o setor público de prestação de serviços. É importante ressaltar que esse processo visa, também, a abertura de novos postos de trabalho.

Saúde da Familia

A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS.
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994, apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida.
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes saúde da família.
"A estratégia do PSF propõe uma nova dinâmica para a estruturação dos serviços de saúde, bem como para a sua relação com a comunidade e entre os diversos níveis de complexidade assistencial. Assume o compromisso de prestar assistência universal, integral, equânime, contínua e acima de tudo resolutiva à população na unidade de saúde e no domicílio, sempre de acordo com suas reais necessidades, identificando os fatores de riscos, aos quais ela está exposta, e nele intervindo de forma apropriada" (SOUZA, 2000).
O PSF incorpora e reafirma os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), estruturado a partir da Unidade Básica de Saúde da Família. De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001), o PSF trabalha com base nos seguintes princípios: Caráter Substitutivo, onde se verifica que o PSF não significa criação de novas unidades de saúde, pois veio substituir o modelo antigo e tradicionalista; Hierarquização, a Unidade de Saúde da Família está inserida no primeiro nível de ações e serviços do sistema local de assistência; Territorialização, porque há um território de abrangência definido; Equipe multiprofissional, onde cada equipe do PSF é composta, no mínimo, por um médico, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde (ACS).
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) preconiza atribuições para cada um dos membros dessa Equipe Saúde da Família, que são, em linhas gerais:
Enfermeiro: realizar cuidados diretos de enfermagem, fazendo a indicação para a continuidade da assistência prestada; consulta de enfermagem, solicitar exames complementares, prescrever/transcrever medicações; planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a USF; supervisão e coordenação das ações dos Agentes Comunitários de Saúde e de auxiliares de enfermagem.
Médico: realizar consultas e procedimentos na USF e no domicílio; ações de assistência integral em todas as fases do ciclo de vida e gêneros.
Auxiliar de enfermagem: realizar procedimentos de enfermagem dentro das suas competências técnicas e legais, nos diferentes ambientes, USF e nos domicílios.
Agente Comunitário de Saúde: realizar mapeamento de sua área; cadastramento das famílias, com atualização permanentemente através de visitas domiciliares mensais; identificação de indivíduos e famílias expostos a situações de risco.
Para uma atuação plena do exercício profissional pelo enfermeiro no PSF não é só necessária a competência técnica e o conhecimento da construção do SUS, do surgimento do PACS e PSF, de suas atribuições dentro deste novo programa, mas também compreender e saber de seus limites legais no seu exercício dentro do PSF, conferidos por sua legislação.