04 setembro 2007

Risada...


Mas afinal de contas, o que é risada? Por que ela nos faz tão bem? Em primeiro lugar,a risada não é a mesma coisa que humor. O riso é a resposta fisiológica ao humor. A risada consiste em duas partes: um conjunto de gestos e a produção de um som. Quando rimos, o cérebro nos pressiona a realizar ambas as atividades simultaneamente. Quando damos gargalhadas, acontecem mudanças em muitas partes do corpo, até nos músculos do tronco, do braço e das pernas.
Sob certas condições, nossos corpos executam o que a Enciclopédia Britânica descreve como "ações involuntárias, expiratórias, vocalizadas e rítmicas", mais conhecida como risada. Quinze músculos faciais se contraem e o estímulo do músculo zigomático maior (principal mecanismo que levanta o lábio superior) acontece. Enquanto isso, o sistema respiratório é interrompido pela epiglote que semi-fecha a laringe, de modo que a entrada de ar ocorre de forma irregular, fazendo você ofegar. Em circunstâncias extremas, os dutos lacrimais são ativados, então, enquanto a boca está abrindo e fechando e a luta pela entrada do oxigênio continua, o rosto fica úmido e geralmente vermelho (ou roxo). Os barulhos que acompanham este comportamento bizarro varia de risadinhas a gargalhadas barulhentas.

Robert Provine, neurobiologista comportamental e pesquisador pioneiro do riso, brinca que encontrou um grande problema em seu estudo sobre a risada. O problema é que a risada desaparece assim que ele está pronto para observá-la, especialmente no laboratório. Um dos seus estudos observou a estrutura sônica do riso. Ele descobriu que a risada humana varia de forma básica, produzindo notas curtas, com som de vogal repetidas a cada 210 milissegundos. Ela pode ser uma variedade de "ha-ha-ha" ou de "ho-ho-ho" mas não uma mistura de ambos, diz ele. Provine também diz que os seres humanos possuem um "detector" que responde à risada disparando outros circuitos neurais no cérebro, o que gera mais risada. Isto explica porque a risada é contagiosa.
O pesquisador do humor Peter Derks descreve a resposta à risada como "um tipo de comportamento automático e rápido". "De fato, a velocidade com que o nosso cérebro reconhece a incongruência de vital importância para o humor e fixa um sentido abstrato, determina se vamos rir", diz Derk.

Nenhum comentário: